quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Modelos de Decisão


A Tomada de Decisão

Uma tomada de decisão pode ser considerada como um processo cognitivo de escolha. Escolher uma determinada acção de entre multiplas alternativas.
Este processo resulta invariávelmente numa escolha final, que pode ser uma acção ou uma opinião. Essa escolha pode também ser racional ou irracional, e tem sempre como base pressupostos e suposições, explicitas ou nem por isso.
O estudo do processo de tomada de decisão designa-se por teoria da decisão, tendo como enfoque a forma como utilizamos a nossa vontade. O chamado livre arbítrio.

A Teoria da Decisão

Existem muitas formas teorizar sobre decisões e também diferentes escolas de investigação, o que faz desta disciplina uma matéria muito diversa, com várias áreas cientificas, que vão pela economia e politica, psicologia e filosofia, e até a estatistica e de forma inerente, a própria matemática.

O Processo de Decisão

A teoria da decisão nasce do estudo do processo de decisão.
Como as decisões não são instantâneas, é suposto que demorem algum tempo a surgir, pelo que se torna natural querer dividir esse processo em fases.

Condorcet, o modelo Clássico

A primeira teoria geral conhecida sobre as fases do processo de decisão, foi escrita pelo filósofo francês Condorcet , que a utilizou na constituição francesa de 1793.
Ele dividiu o processo de decisão em 3 fases designadas por: 1ª discussão; 2ª discussão; Resolução.
Em baixo se mostra um quadro representativo:


Modelos sequenciais modernos

O ponto de partida para a discussão moderna do processo de tomada de decisão nasce com Dewey (1910-1978), que expõe o seu modelo da resolução de problemas.
Este modelo divide-se em cinco fases consecutivas:

1 – Adversidade / Dificuldade; 2 – Definir o seu carácter; 3 – Soluções possiveis; 4 – Avaliar sugestões; Experimentação, aceitação ou rejeição da sugestão.

Simon (1960) pegou no modelo de Dewey e modificou-o para o contexto organizacional. O processo de decisão para Simon dividia-se em 3 fases principais:

1 – Inteligência (encontrar a necessidade); 2 – Design (possiveis acções); 3 – Escolha

Brim (1962) também criou um inflente modelo composto por cinco tópicos:

1 – Identificação; 2 – Obter Informação; 3 – Soluções; 4 – Avaliação; 5 – Selecção

Modelos não sequenciais

Todos os modelos ou teorias apresentadas anteriormente se baseavam no princípio da sequencialidade, ou seja, segundo os autores, as fases dos seus modelos vinham sempre por ordem e em sequência.
Alguns autores criticaram este principio, sugerindo então um modelo por eles considerado mais realista, que deveria permitir que as diferentes fases do processo de decisão, surgissem em diferentes ordens na abordagem a problemas diferentes.

Mintzberg, Raisinghani e Theorêt (1976) criaram o modelo mais influente que seguiu este critério da não sequencialidade.

Este modelo, tal como o modelo de Simon, possuia três fases principais:

1 – Identificação (Inteligência em Simon) que se divide em Reconhecimento e Diagonóstico;
2 – Desenvolvimento (Design) que se divide em Procura e Desenho;
3 – Selecção (Escolha) que é contituida pelas Alternativas, Avaliação e Escolha, e por fim, a Autorização, ou não.

A relação entre estas fases e rotinas é mais circular do que linear (Ver figura acima).
O decisor pode circular entre as fases da identificação e desenho para reconhecer o assunto da decisão. Para desenvolver uma decisão na fase de avaliação, o decisor pode circular entre as fases de desenho e procura. Pode também variar entre a selecção e o desenvolvimento para reconciliar os objectivos com as alternativas.


Fontes: Winkipédia, Decision Theory “A Brief Introduction”, Sven Ove Hansson.