terça-feira, 9 de outubro de 2007

7 hábitos de sucesso - Resumo S.Covey


Antes de entrar na análise dos 7 hábitos, Stephen Covey revela-nos primeiro alguns conceitos e ideias fundamentais, na base das quais o autor desenvolve a sua teoria. Esse conceitos são os seguintes:

1 - Ética de Carácter e Ética de Personalidade

A primeira ideia subjacente ao livro, diz respeito aos dois tipos de condutas que as pessoas costumam praticar no seu dia a dia para se relacionarem com os outros.
Assim, segundo Covey, as pessoas regem-se por uma ética relacionada com a sua personalidade e outro tipo de ética mais profunda, relacionada com o carácter e os seus princípios fundamentais.
A Ética do Carácter ensina que existem princípios básicos para uma vida proveitosa, e que as pessoas só podem conquistar o verdadeiro sucesso e a felicidade duradoura quando aprendem a integrar estes princípios a seu carácter básico.
Por outro lado, nos últimos 50 anos, o conceito de ética deslocou-se para a Ética da Personalidade.
Segundo esta nova tendência, o sucesso decorre da personalidade, da imagem pública, atitudes e comportamentos, habilidade e técnicas de interacção humana.
Esta Ética da Personalidade trilha dois caminhos básicos: um deles é o das técnicas nas relações públicas e humanas e o outro uma atitude mental positiva.

2 - Importância Primária e Secundária

Não existem dúvidas que os elementos da Ética da Personalidade - amadurecimento do indivíduo, treino em técnicas de comunicação e educação na área das estratégias da influência, - são factores benéficos, por vezes essenciais ao sucesso. No entanto, constituem apenas traços secundários, e não primários.
Na maioria das interacções humanas onde há um único contacto, ou de curta duração, a Ética da Personalidade pode ser utilizada e funcionar, criando uma impressão favorável nos outros, através do charme, envolvimento e interesse forçado nos passatempos alheios. Mas estes aspectos secundários não possuem valor permanente nos relacionamentos a longo prazo.
No final, se não existir uma profunda integridade e uma força moral intrínseca, os desafios existentes na vida farão com que a verdadeira motivação venha à superfície, e o fracasso no relacionamento substituirá o sucesso efémero conseguido.
Existem pessoas em quem confiamos de forma absoluta, pois conhecemos seu carácter. Não importa se são eloquentes ou se conhecem as técnicas de comunicação ou não. Confiamos nelas, e trabalhamos com elas de modo proveitoso.

3 - O Poder de um Paradigma

Cada um de nós tem, dentro da cabeça, muitos e muitos mapas, que podem ser divididos em duas categorias principais: mapas do modo como as coisas são, ou da realidade, e mapas do modo como as coisas deveriam ser, ou dos valores. Interpretamos todas as nossas experiências a
partir destes mapas mentais. Raramente questionamos sua exactidão, com frequência nem percebemos que os utilizamos.
Apenas assumimos que a maneira como vemos as coisas equivale ao modo como elas realmente são ou deveriam ser.
As influências marcantes em nossas vidas - família, escola, religião, ambiente de trabalho, amigos, colegas e paradigmas sociais em vigor, como a Ética da Personalidade – foram responsáveis por um impacto inconsciente e silencioso em nossas mentes, ajudando a formar nossos quadros de referências, paradigmas e mapas.
Isso nos leva a um dos defeitos básicos da Ética da Personalidade.
Tentar modificar as atitudes e comportamentos exteriores não adianta muito a longo prazo, se deixamos de examinar os paradigmas básicos a partir dos quais estas atitudes e comportamentos são gerados.
Vemos o mundo, não como ele é, mas como nós somos - ou seja, como fomos condicionados a vê-lo. Quando abrimos a boca para descrever o que vemos, na verdade descrevemos a nós mesmos, nossas percepções e paradigmas.
Quanto mais nos consciencializamos de nossos paradigmas, mapas ou pressupostos básicos, e do quanto somos influenciados por nossas experiências, mais responsabilidade podemos assumir por estes paradigmas, mais podemos examiná-los, testá-los em confronto com a realidade, ouvir a opinião dos outros e nos abrirmos para os conceitos alheios, obtendo deste modo um quadro mais amplo e uma visão mais objectiva.

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