A criação de ferramentas de suporte à decisão é uma ciência relativamente recente, isto se considerarmos a sua relação estreita com o tratamento massivo de dados.
É verdade que a era da informação está intimamente associada à evolução das tecnologias dos computadores e das comunicações, e todos sabemos como estas proporcionam aos decisores da actualidade, ferramentas cada vez mais poderosas na avaliação, simulação e visualização dos dados.
Ao decisor moderno, é possível criar modelos de decisão de tal modo aproximados da realidade, que até podemos navegar por eles através das opções que tomamos. A semelhança destes modelos é tal, que se conseguem confundir com a própria realidade (veja-se os jogos de computador).
O que foi dito em cima é bem verdade, mas existe aqui um facto que ninguém pode negar.
Muito anos antes da invenção do computador, das telecomunicações, da electricidade, do carvão, e até do fogo (Ufff!), surgiu a primeira tecnologia fundamental de análise e processamento massivo de dados e informação.
Uma tecnologia interactiva poderosa, capaz de avaliar problemas e opções, utilizar a experiência de decisões anteriores e utilizar o meio em redor em proveito de decisões futuras.
Esta tecnologia chama-se Mente Humana.
A mente humana é a primeira ferramenta de suporte à decisão conhecida, e não poderá haver outra anterior a esta, a menos que não seja humana.
Assim, a Mente Humana foi evoluindo progressivamente (ou nem por isso), mas é certo que a par desta evolução, sempre esteve subjacente um domínio progressivo e proporcional sobre os materiais do meio ambiente, em ferramentas ... de suporte à decisão.
Um ábaco por exemplo, permite ao seu utilizador calcular e avaliar quantitativamente o impacto das suas decisões sobre, quantas cabras vender, ou que quantidade de arroz semear.
Óbviamente que subjacente à decisão está sempre uma abstracção mental da própria realidade, ou seja um modelo de decisão mental.
Mas ainda antes do ábaco, outras ferramentas foram fundamentais nas tomadas de decisão humanas, quer nas actividades de caça, quer na agricultura, quer na expansão da espécie para territórios mais inóspitos.
Na pré-história o homem moldou o Sílex, construindo ferramentas poderosas. Na sua concepção, o homem partiu de modelos ou abstracções mentais da realidade, da sua experiência na utilização de tais ferramentas, ou até pela própria observação e testemunho das capacidades e possibilidades destes utensílios.
Foi o sentimento de confiança proporcionado pela utilização de tais ferramentas, que permitiu ao homem tomar decisões impossíveis até essa altura, como por exemplo, caçar o mamute, ou apostar na sedentarização, na agricultura, pesca, na expansão territorial, etc.
Foi sempre baseado neste tipo de análise, simulando a realidade de forma abstracta, através de modelos mentais, que o homem concebeu ferramentas fundamentais para a sua evolução gradual, como espécie inteligente, baseada precisamente na complexidade crescente das decisões tomadas.
Rui Almeida Santos
Continuação: Os modelos contemporâneos de decisão
É verdade que a era da informação está intimamente associada à evolução das tecnologias dos computadores e das comunicações, e todos sabemos como estas proporcionam aos decisores da actualidade, ferramentas cada vez mais poderosas na avaliação, simulação e visualização dos dados.
Ao decisor moderno, é possível criar modelos de decisão de tal modo aproximados da realidade, que até podemos navegar por eles através das opções que tomamos. A semelhança destes modelos é tal, que se conseguem confundir com a própria realidade (veja-se os jogos de computador).
O que foi dito em cima é bem verdade, mas existe aqui um facto que ninguém pode negar.
Muito anos antes da invenção do computador, das telecomunicações, da electricidade, do carvão, e até do fogo (Ufff!), surgiu a primeira tecnologia fundamental de análise e processamento massivo de dados e informação.
Uma tecnologia interactiva poderosa, capaz de avaliar problemas e opções, utilizar a experiência de decisões anteriores e utilizar o meio em redor em proveito de decisões futuras.
Esta tecnologia chama-se Mente Humana.
A mente humana é a primeira ferramenta de suporte à decisão conhecida, e não poderá haver outra anterior a esta, a menos que não seja humana.
Assim, a Mente Humana foi evoluindo progressivamente (ou nem por isso), mas é certo que a par desta evolução, sempre esteve subjacente um domínio progressivo e proporcional sobre os materiais do meio ambiente, em ferramentas ... de suporte à decisão.
Um ábaco por exemplo, permite ao seu utilizador calcular e avaliar quantitativamente o impacto das suas decisões sobre, quantas cabras vender, ou que quantidade de arroz semear.
Óbviamente que subjacente à decisão está sempre uma abstracção mental da própria realidade, ou seja um modelo de decisão mental.
Mas ainda antes do ábaco, outras ferramentas foram fundamentais nas tomadas de decisão humanas, quer nas actividades de caça, quer na agricultura, quer na expansão da espécie para territórios mais inóspitos.
Na pré-história o homem moldou o Sílex, construindo ferramentas poderosas. Na sua concepção, o homem partiu de modelos ou abstracções mentais da realidade, da sua experiência na utilização de tais ferramentas, ou até pela própria observação e testemunho das capacidades e possibilidades destes utensílios.
Foi o sentimento de confiança proporcionado pela utilização de tais ferramentas, que permitiu ao homem tomar decisões impossíveis até essa altura, como por exemplo, caçar o mamute, ou apostar na sedentarização, na agricultura, pesca, na expansão territorial, etc.
Foi sempre baseado neste tipo de análise, simulando a realidade de forma abstracta, através de modelos mentais, que o homem concebeu ferramentas fundamentais para a sua evolução gradual, como espécie inteligente, baseada precisamente na complexidade crescente das decisões tomadas.
Rui Almeida Santos
Continuação: Os modelos contemporâneos de decisão
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